07 de abril de
2011, jornais nacionais e internacionais, noticiam o massacre, ocorrido no Rio
De Janeiro.
Um jovem de 24
anos vai a uma escola pública, dizendo que iria dar uma palestra, entra na sala
e atira contra as crianças. Foram 12 mortos, e outros feridos, somando 23
pessoas baleadas pelo jovem.
A população se
encontra indignada com a crueldade do ato cometido, e procura respostas para as
suas indagações a respeito do massacre.
Fico
imaginando as crianças que presenciaram a atrocidade, e me pergunto o que levou
o jovem assassino e suicida a cometer esse crime hediondo. Muitas mães se
encontram nesse exato momento sofrendo uma profunda dor, procurando respostas,
lembrando dos sonhos de seus filhos, e lamentando a profunda perda.
O
jovem deixou uma carta, em que pedia que os impuros não o tocassem sem o
auxilio das luvas, e que um membro religioso fosse orar pedindo a Deus, perdão
por ele.
Não
seria ele mais imundo, sujando suas mãos com sangue inocente?
Como
poderia Deus perdoar alguém, por um pecado premeditado?
Como
a Bíblia mesmo diz, o salário do pecado é a morte, o rapaz se suicidou quando
percebeu que seria preso.
O
jovem transtornado com suas próprias dores descontou em pessoas que nenhuma
relação tinham com a sua dor escondida. Onde estava Deus, nesse momento? O que
aconteceu? Será que ninguém podia ajudá-lo?
Tenho
pena das crianças sim, mas tenho mais pena dele, que viveu uma vida infeliz,
numa depressão que fora presenciada por muitos que nunca tentaram o ajudar. As
crianças deixaram seus legados, seus sonhos, sua alegria, elas estarão sempre
vivas dentro das pessoas que fizeram parte das suas histórias.
O mal tomou conta do ser daquele rapaz, e até
mesmo na hora em que estava indo cometer o crime monstruoso, ele pediu perdão a
Deus, ele sabia o que estava fazendo.
Será
que ele não buscava, uma última ajuda?
Será
que ele realmente queria fazer aquilo?
O
ser humano fica cego quando se encontra com problemas, ele fica limitado,
bloqueado. Tudo o que enxerga é a sua própria dor. Será que num mundo tão
grande como este, não existiu nenhum ser humano que pudesse orientar este
jovem?
Acho
que não, pois o mundo sofre pela falta de amor.
Nós
só percebemos a grandiosidade de uma coisa quando acontece algo que meche profundamente
com o nosso emocional. Esses fatores servem para mostrar a essa sociedade
moderna, que acabamos por pôr Deus debaixo da planta dos nossos pés, e
esquecemos que nós somos humanos ainda, e não máquinas. Precisamos ser
solidários com desconhecidos, que são nossos semelhantes, e se são nossos
semelhantes, são nossos conhecidos e por isso devemos nos importar com eles.
Abraçar a sua dor.
Enquanto
a sociedade insistir em se tornar indiferente, individualista, com cada um
achando que é alto suficiente, muitos outros massacres, casos tristes,
revoltantes, continuaram acontecendo. A repercussão na mídia, será temporária,
quando parar de passar na tv e na internet, muitos iram esquecer, e continuaram
a se importar com a sua própria dor, os que sentiram sempre a ausência dos
inocentes, serão as suas famílias, e as pessoas que amavam essas pessoas.
Enquanto isso a sociedade, continuara sem se importar, vivendo a própria vida.
Até que aconteça outro crime nunca visto, e ai, eles vão chorar, se revoltar,
gritar, apelar, e depois esquecer.
Pelo
amor que ainda nos resta, pelos mandamentos que ainda seguimos, devemos
acreditar, ter fé no ser humano, e ajudar o próximo.
Não
estou justificando um crime, mas o que tem causado a maioria dos crimes,
suicídios, assassinatos, é a falta de amor. Pessoas estão que não conseguem
conviver com a própria dor. Sejamos mais atentos aos que precisam de ajuda, doe
amor, seja amado.
Acho
que estou querendo demais. Pois mesmo não costumando ser pessimista, devo
admitir que é tarde demais, e a tendência é piorar. Aos pais e familiares, os
meus sinceros votos. Realizem os sonhos de seus filhos, torne real o que ele
mais desejavam se for possível, lembrem de seus filhos com o mesmo carinho de
sempre, e superem a sua dor, lembrando sempre que Deus sabe de tudo, e que só
aconteceu o que aconteceu por que Deus permitiu.
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